domingo, 12 de maio de 2013

Amido (milho, trigo e batata)

O amido é um polissacarídeo, sintetizado pelos vegetais para ser utilizado como reserva energética.
O grão de amido é uma mistura de dois polissacarídeos, amilose e amilopectina, polímeros de glicose formados através de síntese por desidratação (a cada ligação de duas glicoses há a libertação de uma molécula de água).
O amido é importante na alimentação humana principalmente pelo fornecimento de glicose.

Amido de Milho

O amido de milho é constituído por grânulos redondos e angulares (havendo uma maior proporção de grânulos angulares).
Os grânulos redondos têm uma superfície lisa e os angulares têm uma superfície rugosa.
O hilum deste amido é visível em fotografias de microscopia óptica. Como se pode observar, o hilum é o pontinho que se encontra no centro do grão.


Amido de Trigo

O amido de trigo é constituído por grânulos relativamente pequenos e esféricos e grânulos grandes em forma de lente, com superfícies lisas ou estriadas.
O hilum deste amido não é visível.


Amido de Batata

O amido de batata é constituído por grânulos grandes, ovais e lisos. Numa avaliação a microscópio, os anéis de crescimento são mais visíveis neste género de amido.
Nesta imagem podemos observar os anéis de crescimento presentes em alguns dos grãos.





segunda-feira, 22 de abril de 2013

Queijos - parâmetros de classificação


O queijo pode ser classificado segundo 7 parâmetros: tecnologia utilizada, natureza do leite, percentagem de gordura, processo de coagulação, natureza e extensão da maturação e dureza da pasta.


Tecnologia Utilizada
Quanto à % de gordura que possuem.
Quanto ao processo de coagulação
Quanto à natureza e extensão da maturação
Quanto à consistência da massa

Natureza do Leite
De vaca – Gruyére, Camembert, Brie
De ovelha – Roquefort, Serra, Manchego
De cabra – Pur chévre
De outras espécies (búfala, camela) - Mozzarela
De mistura – muito diversificado

Percentagem de Gordura
Queijos magros – menos de 20% de gordura
Queijos meio-gordos – entre 20 a 35% de gordura
Queijos gordos – mínimo de 45% de gordura
Queijos creme e “double creme” – até 60% de gordura
Queijos “triple creme” – acima de 75% de gordura

Processo de coagulação
Queijos de coagulação exclusivamente ácida
Queijos de coagulação ácida, com iniciação enzimática
Queijos de coagulação exclusivamente enzimática

Natureza e extensão da maturação
Maturação predominantemente láctica
Maturação propiónica
Maturação com fungos

Dureza da pasta
Queijos brancos, frescos ou de coalhada
Queijos creme
Queijos de pasta semimole e semidura
Queijos de pasta dura
Queijos de pasta extra dura ou de ralar

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Processamento por Luz Branca


A luz branca tem um espectro semelhante ao solar, contendo radiação UV, que tem um espectro [200,1000]nm, de baixa energia , com picos de intensidade na faixa do azul-violeta.

Esta energia radiante é insuficiente para provocar ionização de partículas, mas suficiente para a destruição dos microrganismos.


Efeitos nos microrganismos e alimentos

A inactivação dos microrganismos é feita por uma combinação de efeitos fotoquímicos e fototérmicos. Os efeitos fotoquímicos correspondem à componente UV e os fototérmicos correspondem à luz visível (predominante).

Efeitos fotoquímicos - absorção da energia pelas ligações duplas conjugadas de carbono em proteínas e ácidos nucleicos, afectando assim o metabolismo celular.
Efeitos fototérmicos – grande parte da energia é transferida rapidamente para a superfície do alimento, elevando a temperatura de uma fina camada superficial suficiente para destruir as células vegetativas.


Aumentos do tempo de vida em prateleira

  • ·     11 dias - temperatura ambiente para produtos alimentares de indústria de cereais
  • ·      7 dias - sob refrigeração para carnes frescas e camarão.


Vantagens
Desvantagens
Custos médios
Efeito somente à superfície
Processo muito rápido
Difícil aplicabilidade em superfícies rugosas
Pouca alteração das qualidades sensoriais
Possíveis fenómenos de resistência microbiana e efeitos químicos adversos
Baixo consumo energético
Efeito não comprovado em esporos
Adequado para alimentos secos
Necessidade de investigação


Equipamento:

• Fonte de energia a voltagem normal
• Módulos para armazenar a energia
• Gerador de pulsos
• Lâmpada de gás inerte


Esta tecnologia é aplicada na esterilização ou redução da carga microbiana da superfície de materiais de embalagens ou outras superfícies, principalmente fungos.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Importância da água na alimentação humana


A água não está (mas está) na roda dos alimentos. Passo a explicar, não há um grupo concreto na roda dos alimentos que refira a água, mas se olharmos bem para esta mesma roda, vemos que a água está presente em todos os grupos, podendo concluir então o quão este elemento é importante na alimentação humana.

A água é imprescindível à vida e representa 60 a 70% do peso corporal, sendo essencial às seguintes funções do organismo:
  • Responsável pelo controlo da temperatura corporal;
  • Ajuda na manutenção do volume vascular;
  • Possibilita as reacções enzimáticas envolvidas na digestão, absorção, transporte e metabolismo;
  • Transporta substâncias para as células, como os nutrientes e oxigénio;
  • Promove a excreção de outras substâncias através dos rins.


 A ingestão diária deve compensar as perdas de fluídos, sendo que em condições normais, um humano perde 1 a 3 litros de água por dia, através de excreção urinária, fezes, transpiração e respiração. Ou seja, o humano deve beber 1,5 a 3L de água/dia, tendo também como fontes desta substância, principalmente, hortícolas, frutas, sopa e leite.


O consumo inadequado de água provoca a desidratação, o que pode causar dores de cabeça, cansaço e perda de concentração.

Uma hidratação correcta garante uma pele saudável, regula o trânsito intestinal e a função renal, mantém a função articular e permite a optimização de muitas outras funções.

“O melhor tratamento que se pode fazer à pele é beber a água necessária ao organismo”

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Diferenças químicas entre frutos e hortícolas


Como sabemos a fruta e os produtos hortícolas são muito importantes na alimentação humana, por uma questão de saúde física e mesmo mental.

Estes produtos têm diferenças, mas não muito significativas, como mostramos na tabela seguinte.

Componente
Frutos
Hortícolas
Água
80-90%
85-95%
Glúcidos
5-20%
1-10%
Fibra
2%
1-5%
Proteínas e lípidos
0,6%
1%
Vitaminas
Beta-caroteno;
Vitamina C;
Vitaminas grupo B
Beta-caroteno;
Vitamina C;
Vitaminas grupo B
Sais minerais
Magnésio;
Ferro;
Cálcio;
Potássio
Magnésio;
Potássio;
Sódio;
Ferro;
Cálcio
Valor calórico
30-80kcal/100g
20-60kcal/100g

Frutos

Os glúcidos mais abundantes nos frutos são a frutose, glucose, sacarose, amido, celulose e pectinas.

As fibras dos frutos são constituídas por pectinas e hemicelulose, principalmente na pele.

As vitaminas em maior concentração nos frutos são A e C.
Ricos em C: citrinos, melão e kiwi.
Ricos em A: pêssegos e cerejas, por exemplo.

Hortícolas

Nas hortícolas que os glúcidos variam entre 1 e 10%, temos como exemplos:
<5% - aipo, couve-flor, espargo, pigmento, tomate
5-10% - alho porro, cebola, cenoura
>10% - alho

As fibras das hortícolas são constituídas por celulose, hemicelulose e lenhina.

As vitaminas como o beta-caroteno tem propriedades antioxidantes que impedem a formação de radicais livres, sendo também a vitamina C um poderoso antioxidante.

Dos sais minerais presentes pode-se considerar que o potássio encontra-se em grande quantidade e o sódio em baixa. Em espécies como o espinafre e o tomate o ferro encontra-se em alta concentração e o cálcio também em grande concentração no espinafre.